sexta-feira, 12 de junho de 2015

Implantação da Governança de TI nas Forças Armadas

 
Atualmente, o papel executado pela TI no dia a dia das Forças Armadas vai além da utilização de planilhas, editores de texto e suporte para manutenção de impressoras e computadores. Este tipo de auxílio há muito deixou de ser a alma das operações de TI, que adquiriram um traço estratégico essencial para a consecução da missão das Organizações Militares (OM). O emprego eficaz da TI torna impreterível a instituição de estruturas de governança que estabeleçam um caminho firme para este campo específico de estudo, nivelado com as metas projetadas pela organização.
Ao optar pela adoção de um tipo específico de governança para o emprego de sua TI, uma OM deve estar preparada para modificações que podem demandar o redesenho de estruturas funcionais. A compreensão de que a TI é um componente estratégico tem colaborado para fortalecer, entre comandantes e chefes militares, o entendimento de que a elaboração de um tipo específico de governança ajustado à realidade de uma OM acarreta em uma sucessão de acontecimentos que requer o estabelecimento de processos capazes de gerar o trabalho conjunto entre os setores operacionais, no empenho para adequação a novas normas.
A variedade de atividades-fim essenciais para a execução da missão, adicionada à autonomia de gestão e dispersão geográfica das OM, transformam em complexo o trabalho de administrar as Três Forças, complexidade esta que cria reflexos nos métodos de tomada de decisão referentes às soluções providenciadas pela TI. Por causa de suas atribuições, o delineamento da estrutura das Forças Armadas atende exigências funcionais dificilmente igualáveis ao organograma de empresas civis. As Forças Armadas precisam garantir o funcionamento autônomo de sua estrutura, exigência que demanda a independência em atividades dispensáveis ou terceirizadas no contexto de corporações civis.
O estabelecimento da governança de TI nas Forças Armadas expõe uma sequência de desafios e demanda que os responsáveis por esse método tenham noção das necessidades exigidas para a consecução da atividade-fim de sua OM, entendam a intenção das ações de governança de TI e estejam hábeis a agir como porta-vozes das unidades de TI pelas quais são responsáveis. O método de inserção da governança de TI colabora também para a gradativa introdução de gestores intermediários no contexto de discussões estratégicas de elevado padrão, o que facilita a elaborar um ponto de vista sobre a realidade da OM.
 A real inserção de um tipo específico de governança de TI e a adaptação bem-sucedida de boas experiências ao panorama efetivo de uma OM representam um método cujo fim não acontece em um pequeno período de tempo e requer o empenho de gestores que compreendam a estratégia constituída pela alta direção, entendam facilmente quais são as metas dela resultantes e tenham a capacidade de explicá-las em metas que a TI deve atingir.
 
Filipe Moura Pinheiro
 
Graduando em Engenharia de Produção
 

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