Atualmente, o papel executado pela TI no dia a dia
das Forças Armadas vai além da utilização de planilhas, editores de texto e
suporte para manutenção de impressoras e computadores. Este tipo de auxílio há
muito deixou de ser a alma das operações de TI, que adquiriram um traço
estratégico essencial para a consecução da missão das Organizações Militares
(OM). O emprego eficaz da TI torna impreterível a instituição de estruturas de
governança que estabeleçam um caminho firme para este campo específico de
estudo, nivelado com as metas projetadas pela organização.
Ao optar pela adoção de um tipo específico de
governança para o emprego de sua TI, uma OM deve estar preparada para modificações
que podem demandar o redesenho de estruturas funcionais. A compreensão de que a
TI é um componente estratégico tem colaborado para fortalecer, entre
comandantes e chefes militares, o entendimento de que a elaboração de um tipo
específico de governança ajustado à realidade de uma OM acarreta em uma
sucessão de acontecimentos que requer o estabelecimento de processos capazes de
gerar o trabalho conjunto entre os setores operacionais, no empenho para
adequação a novas normas.
A variedade de atividades-fim essenciais para a
execução da missão, adicionada à autonomia de gestão e dispersão geográfica das
OM, transformam em complexo o trabalho de administrar as Três Forças,
complexidade esta que cria reflexos nos métodos de tomada de decisão referentes
às soluções providenciadas pela TI. Por causa de suas atribuições, o
delineamento da estrutura das Forças Armadas atende exigências funcionais
dificilmente igualáveis ao organograma de empresas civis. As Forças Armadas
precisam garantir o funcionamento autônomo de sua estrutura, exigência que
demanda a independência em atividades dispensáveis ou terceirizadas no contexto
de corporações civis.
O
estabelecimento da governança de TI nas Forças Armadas expõe uma sequência de
desafios e demanda que os responsáveis por esse método tenham noção das
necessidades exigidas para a consecução da atividade-fim de sua OM, entendam a intenção
das ações de governança de TI e estejam hábeis a agir como porta-vozes das
unidades de TI pelas quais são responsáveis. O método de inserção da governança
de TI colabora também para a gradativa introdução de gestores intermediários no
contexto de discussões estratégicas de elevado padrão, o que facilita a
elaborar um ponto de vista sobre a realidade da OM.
A real inserção de um tipo específico de
governança de TI e a adaptação bem-sucedida de boas experiências ao panorama
efetivo de uma OM representam um método cujo fim não acontece em um pequeno período
de tempo e requer o empenho de gestores que compreendam a estratégia constituída
pela alta direção, entendam facilmente quais são as metas dela resultantes e tenham
a capacidade de explicá-las em metas que a TI deve atingir.
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